domingo, 30 de dezembro de 2012

Fim de ano, Reveillon, layout novo e etc...


Bem, chegamos ao final de mais um ano. Todo final de ano é epoca de balanços, saber se o ano foi mais positivo do que negativo e tal. Mas esse ano simplesmente pulei essa parte. No fundo isso acaba sendo uma besteirada, porque dia 1º, vai estar tudo igual ao dia 31, que por sinal estava assim faz tempo... rs. 

No entanto, amo Reveillon, porque gosto de festas em geral. Quando entro no modo festa, viro outra pessoa, quero dançar com todo mundo, abraçar todo mundo, fico simpática e social, é certo que sempre tem uma bebidinha para impulsionar isso, mas na época que não bebia, e isso faz tempo, era a mesma coisa, as pessoas achavam até que estava bêbada e não tinha bebido nada. Acho que em festas é onde coloco as minhas personagens para funcionar, é meio que um palco para mim.

Adoro os reveillons que passei em Copacabana, quase todos na verdade, porque dois não foram tão bons. Um foi quando tinha me separado do meu primeiro marido, e foi muito triste, fiquei bebendo a noite toda, sentada na areia, olhando as ondas, numa deprê só. E teve um outro que acabei dando umas pernadas num cara que queria furar a fila do Metrô, justo na minha frente, já tava cansada e com sede e não prestou, já que ele achou que estava no direito dele furar a fila de duas horas que enfrentei.

Mas esse ano estou com uma vontade danada de ir para Copacabana. É bem possível que se eu for me arrependa depois, porque a hora de voltar é um terror só. Mas ainda não decidi se vou ou se fico. Adoro o clima de Copacabana no dia 31, mesmo que atualmente esteja muito comercial. Sou quase nada saudosista, mas nesse ponto devo admitir que há uns 10 anos atrás era bem melhor. Não era tão comercial como da última vez que fui. Os quiosques fechados, totalmente inacessíveis, sem vendedores ambulante, ou seja a festa está cada vez mais voltada para quem tem grana. Não é mais aquela coisa descontraída, que todos participavam igualmente, que todos sentavam misturados num quiosque como qualquer pobre mortal. Gosto das coisas mais simples, quando fica muito sofisticado meio que perde a graça para mim. 

Seja como for, em Copa ou onde estiver, espero só passar com saúde, porque o resto a gente corre atrás. Para vocês leitores do blog, desejo que o ano de 2013 seja repleto de realizações, com muita saúde e harmonia!!

_@_@_@-

Metas para 2013:

- Mudar o piso do meu apartamento, detesto taco, acho cafona, dá trabalho e não embeleza o ambiente. Quero colocar porcelanato. E como odeio obra, tenho que colocar isso como meta, para poder encarar...

- Escrever um livro, na verdade seria a continuação de outro livro que escrevi, que está engavetado e que algumas pessoas leram. Vamos ver se esse ano me animo para escrever a continuação, tem que ser meta para poder vencer a preguiça...

- Mudar a cor do cabelo pelo menos umas 10 vezes. Tá, gente! Essa foi brincadeira, mas tem mais algumas outras metas que vou manter dentro da minha mente e ver no que dá.

OBS.: Repararam o layout novo do meu blog?!! Estava precisando, né?! Porque o anterior já estava fazendo bodas de ouro... rs. Então pedi a Izabel Brum para me ajudar e ela mais que depressa, gentilmente e com toda a paciência do mundo, ajeitou tudo para mim e me deu de presente. Sim, pessoal! Ainda tem muita gente legal nesse mundo que faz as coisas só por amizade e a Iza é uma delas. Obrigada Iza, por sua amizade, pelo seu carinho e pelo seu trabalho, que ficou lindoooo!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Então é Natal...


Bem, nessa época do ano parece que as pessoas ficam tomadas por algo inexplicável e só se fala,  se come e se veste Natal. Nada mais parece existir, tudo fica suspenso e só o que se pensa é em presentes e comemorações. Eu já fui mais animada nessa época, mas acho que conforme a gente vai ficando mais velha,  vai vendo que as coisas não tem um tamanho tão grande quanto parecem e que o Natal é mais uma data festiva do calendário.

Não estou aqui para falar mal do Natal, até gosto dessa época, das decorações, do clima festivo, mas tem uma coisa que me incomoda demais; que é gente que claramente não nos suporta, gente que mal fala contigo o ano todo e que nessa época quer abraçar, beijar e desejar boas festas. Nooooossa! Se eu pudesse eu falava : - Pode parar, que tu mal me cumprimenta o resto do ano!! - Mas a educação, boas maneiras, blá blá blá, não nos deixa fazer isso e a gente segue com um sorriso falso aguentando isso. Quando é alguém que eu gosto, que curto mesmo, adoro abraçar e desejar tudo de bom, mas semi-estranhos poderiam bem nos dispensar desse exercício chatinho.

No mais nem vou me alongar muito, porque não tenho mesmo muito o que falar dessa época... rs. Passarei o Natal sozinha,  na minha casa, porque minha relação com a família é das piores. Faço as comidas que gosto, nada a ver com essas de natal, durmo a hora que quero, vejo o que quero. Então acaba mesmo sendo um dia como outro qualquer. Antes, até passava na casa da minha família de alma, mas as coisas lá andam complicadas entre eles, e prefiro passar por aqui mesmo porque eu amooooo minha casa, é o melhor lugar do mundo... rs.

Aproveito para desejar um excelente natal a todos que estão junto comigo aqui no blog o ano inteiro! Que tenham muita paz e saúde na casa e na vida de vocês!

domingo, 16 de dezembro de 2012

O mundo é dividido entre formigas e cigarras...


Para quem não conhece essa lenda, essa histórinha infantil, pode ler aqui, mas existe uma versão atualizada bem interessante que é essa, cada pessoa vai se identificar mais com uma. E é claro que nas duas versões temos os prós e os contras, nada é tão absolutamente bom ou mal, certo ou errado. Mas o que me fez escrever esse post, é acreditar fortemente que o mundo é dividido entre formigas e cigarras.

Engana-se quem pensa que todas as pessoas formigas são sovinas e todas as pessoas cigarras são perdulárias, existe uma gama de "tons" entre uma forma de ser formiga e a de ser cigarra. Mas obviamente nunca encontraremos uma formiga gastadora compulsiva, ou uma cigarra econômica. É da natureza de cada uma seguir uma linha de comportamento.

Já posso afirmar com toda convicção do meu ser, que sou uma formiga. Sempre fui ponderada na hora de gastar dinheiro, sempre analisei todos os riscos, até mesmo quando faço uma loucura financeira, essa loucura já foi muito bem calculada lá atrás. De uma certa forma me sinto segura emocionalmente se souber que tenho uma reserva financeira para os dias difíceis. E nem precisa ser uma grande reserva, basta eu saber que tenho algum para me salvar de um sufoco.  Já pensei que isso acontecesse porque quase sempre só pude contar comigo mesma e não ter a quem recorrer. Mas conheço gente como eu, que é cigarra e não está nem aí para o dia de amanhã, então acho que essa linha de raciocínio não procede.

Já convivi com pessoas cigarras e é extremamente desgastante para mim. Meu maior exemplo nesse sentido foi meu pai. Uma pessoa altamente descontrolada financeiramente, sempre viveu atolado em dívidas e fazendo cada vez mais dívidas, até o dia que ele não tinha mais linha de crédito em lugar algum. Hoje em dia vive em uma situação difícil, sempre recebendo ajuda de outros. Nunca pensou que poderia ficar velho e nunca se preparou para isso. Ele é uma pessoa que me causa extrema agonia e sempre causou.

Mas de todo a pessoa cigarra não é só gastadora. Ela me parece que arrisca mais, vive mais, experimenta mais, exatamente porque não tem esse medo do amanhã, que as pessoas formigas tem. Então normalmente são pessoas que vivem mais intensamente no geral. Já as pessoas formigas, como eu, tem dias mais tranquilos, um futuro talvez um pouco mais garantido, mas certamente se arriscaram menos em tudo que envolve dinheiro e por isso perdem algumas oportunidades.

Já a pessoa formiga estrutura melhor a sua vida material. Parece que as bases seguem mais sólidas, mesmo a médio e longo prazo. No entanto, sendo eu uma pessoa formiga, sinto falta dos grandes riscos financeiros. Arrisquei muito em outros setores da vida, mas nesse fui sempre muito medrosa e comedida. Acho que nesse ponto deixei de viver algumas coisas.

O que percebo é que quando uma pessoa formiga tem que conviver muito próximo de uma pessoa cigarra, tipo na mesma casa, a pessoa formiga se incomoda mais com o comportamento da pessoa cigarra do que o contrário, pode ser que esteja enganada, mas é o que observo. Seja como for se você é uma  formiga, jamais se tornará uma cigarra e vice-versa, cada uma vai agir sempre no seu estilo, apesar de todos os esforços que possa fazer para ser diferente.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Insatisfação no nível máximo!


Em alguns momentos realmente me pergunto porque ainda volto a fazer posts do tipo desabafo, se não curto conselhos, se acho que nossos problemas só nós temos a solução. Mas por outro lado, como não costumo falar o que se passa comigo com as pessoas que estão a minha volta e como não faço terapia, só me resta fazer o blog de divã e deixar os sentimentos correrem soltos, assumindo o lado bom e lado mal disso. O lado bom é o desabafo em si, só isso já parece ter um efeito benéfico e é por isso que continuo fazendo posts desse tipo. O lado ruim é ter que lidar com as opiniões duras, de pessoas que curtem chutar cachorro morto. E até mesmo as pessoas de boa vontade que tentam nos ajudar, fica difícil, porque realmente só a gente tem a chave das nossas saídas.

O meu grau de insatisfação com a minha vida atual está muito alto, está tão alto que tem dias que a deprê aparece, mesmo que não tenha mais crises de depressões como há anos atrás. Tenho tido momentos em que a vontade que a vida já estivesse no fim é grande, não que eu pense em me matar, nada disso! Mas sabe quando bate aquele cansaço de tudo, como se nada tivesse adiantando, não valesse a pena lutar, como se a gente tivesse sempre andando em círculos e num espiral que leva para o fundo sempre.? Volto a afirmar que não é depressão, essa eu conheço bem. Até porque ninguém que está a minha volta percebe que estou assim, continuo agindo como se tudo tivesse ótimo, mas não está...

A pior coisa da vida é a gente ter que lidar com o que não temos controle. Quando o problema depende de uma atitude nossa, de uma decisão, de um redirecionamento, quando sabemos que ao tomar uma decisão, mais a frente veremos algum resultado acho mais fácil de suportar. Já as questões que a vida joga no seu colo, os seus fracassos, aquela parte da vida que a gente batalha, batalha, e quando olha não demos um passo adiante, estamos estagnados no mesmo lugar, essa é dura de aguentar.

Parte da minha vida que batalhei, vi um resultado bem positivo, não estou dizendo que a minha vida é uma droga, porque não é mesmo. Conquistei muitas coisas legais, tenho uma vida estável e até confortável. Mas tem o outro lado, que batalhei com igual intensidade e empenho e simplesmente não consegui nada, nada. Em algumas coisas a minha batalha teve o efeito reverso, se virou totalmente contra mim, e acho que essa é a parte que está me detonando. Estou ficando com medo de agir, porque parece que minhas atitudes estão se voltando contra mim. Então acho melhor meio que desistir, me fingir de morta, deixar a vida passar. Mas agir dessa maneira vai totalmente contra a tudo que sou. Sou uma pessoa da ação, então parar significa a  morte da minha alma.

Claro que quanto pior estamos com a gente, pior estão os nossos relacionamentos, e nem preciso dizer que estou me isolando cada vez mais. Cada vez mais estar com as pessoas me irrita. As incoerência alheias parecem pesar toneladas, já que não estou aguentando nem as minhas. Então sempre que posso e a todo tempo, me isolo. Isso já transbordou até para as relações virtuais, que estão cada vez mais escassas. 

Não está em mim desistir da vida. Acho que isso não farei, não posso garantir... rs... mas não tenho isso como solução. Por mais neutralizada que esteja pelo desânimo, lá dentro de mim tem uma usina de força que volta a alimentar minha vontade e faz com que continue batalhando, mesmo em total desânimo. E espero que essa força estranha que habita em mim esteja sempre presente. Acho que minha fé em Deus tem muito a ver com isso...

domingo, 2 de dezembro de 2012

4 coisas que as pessoas adoram e eu nem tanto...


Às vezes, ou quase sempre, olho para as pessoas meio sem entender o que faz a maioria lutar por algo que simplesmente não vejo tanta graça assim. Como disse num post anterior sou do tipo que não gosta de se sentir diferente do todo, já que as minhas diferenças me trouxeram algum tipo de sofrimentos, umas mais outras menos. Então sempre procurei o comum, o mediano, sempre busquei me encaixar. Um de meus ex sempre me dizia que o bom em mim eram as diferenças, muitas tentei aceitar e consigo conviver bem com elas, já outras são uma pedra daquelas bem pontiagudas dentro do sapato.

Escolhi aqui quatro coisas pelas quais vejo as pessoas lutando, se deliciando quando conseguem e eu com cara de tédio olhando tudo sem saber o que dizer:

1) Viajar - Nossa!! Eu vivo num meio, principalmente no meu trabalho, em que as pessoas vivem para juntar dinheiro para viajar, é assim geral, não tem um que não fale em viagens como se fosse a melhor coisa da vida. E eu não posso nem  pensar em dizer o que penso sobre o assunto, sob pena de ser trucidada!!  Sinceramente, não vou dizer aqui que viajar é ruim, claro que não é, é bom, sim! Mas não acho que seja algo que deva perseguir como um objetivo na vida. Já fiz  algumas viagens bem legais, já fiz viagens acompanhada, já viajei sozinha e foi bom. Mas sinceramente, na minha lista de prioridades na vida, acho que viajar tá lá pelo 10º lugar. Não luto para isso, não junto dinheiro para isso, talvez a única viagem que  sonho e que certamente vou fazer, é à Paris (já perceberam que brasileiro tem uma ligação com essa cidade?). Eu preciso conhecer Paris, não sei explicar o encantamento que sinto por essa cidade e claro que indo lá aproveito para conhecer outros cantos da Europa.

2) Casar na igreja de véu e grinalda -  Essa para mim é a mais broxante de todas. Eu vou a casamentos em igreja e sinto um tédio tão grande, fico olhando o relógio o tempo todo, louca para aquilo acabar, não sinto nada de ruim, não é que a cerimônia me incomode, só não consigo entender o que tem de tão bom ali para a grande maioria das mulheres sonhar com aquilo. Encontrar um cara legal eu acho importante, mas casar na igreja, dispenso totalmente. E digo isso com toda sinceridade da minha alma. Não consigo me ver num vestido de noiva!

3) Fazer compras - Esse é dureza também. Sair para comprar roupas, sapatos, vestimenta em geral, é algo que tenho que marcar: - Hoje vou sair para comprar blusa porque estou precisando... - E lá vou eu com cara de enterro para as lojas. Só consigo sair para fazer compras se tiver bem comigo mesma, deprimida eu não compro nem um doce na esquina, porque acabo achando tudo feio e caro. Então  tenho mesmo que me preparar psicologicamente para comprar. E isso vai de vestuário a coisas para casa. Não sou aquela que vive comprando paninhos e coisinhas para a casa, acho muito chato tudo isso, meu apartamento parece o apartamento de um homem de tão sem glamour que ele é... rs. Mas nem tudo está perdido, gosto demais de comprar cosméticos, e gosto de gostar de comprar cosméticos, e compro, porque assim me sinto mais fazendo parte do todo... rs.

4) Praia - Essa eu sendo carioca, é quase um crime por aqui você abrir a boca para dizer que não gosta de ir à praia. O carioca não entende isso jamais, só os raros que também não gostam. E quando viajo para um estado que não tem praia, as pessoas também se chocam com essa minha afirmação. Mas queria muito saber onde está escrito que a humanidade precisa ir à praia!! Eu gosto sim de região de praia, do mar lindo lá para eu ver, de longe, sem precisar ficar torrando na areia ou entrando na água. Por que não posso SÓ curtir o mar de longe, de preferência na sombra, fora da areia, tomando uma cerveja? Dessa praia eu gosto... rs

Bem, eu poderia listar algumas outras coisas que a maioria gosta e eu não! Mas não sou de tudo assim tão chata...rs. Acreditem em mim! (rsrs). Gosto de carnaval, de barzinho com música ao vivo, de churrasco na laje, de roda de samba, dançar no geral eu gosto muito, gosto de novela, de filmes. Então tem muita coisa que grande parte das pessoas gosta e eu gosto, mas tem muitas também que morro sem entender a graça que tem...

domingo, 25 de novembro de 2012

Eu sou o que sonhei ser? O que ainda sonho ser?


Esse tema foi debate no programa Saia Justa e me fez pensar muito se eu teria conquistado algum dos meus ideais de lá quando era bem jovem. Será que o que sonhei ser quando criança é o que sou hoje em dia? E o que ainda sonho para mim? Perguntas complexas.

Bem, quando criança queria ser astrônoma, e da adolescência até hoje sempre quis ser médica. Nem uma coisa nem outra, segui caminhos que nunca pensei em termos profissionais, mas não me arrependo das minhas escolhas, foram as alternativas possíveis e acho que elas me trouxeram a uma vida relativamente confortável atualmente. Mas quando penso a nível de realização profissional, aí a coisa complica, porque não me sinto nada realizada com as opções que fiz. Acho que até por isso vivo meio que buscando compensações, caminhos interessantes para me sentir melhor a nível de vocação.

Já na vida no geral,  jamais pensei que iria dar tantas viradas, e quando era adolescente não podia imaginar que minha vida estaria como hoje em dia. Se bem que uma intuição sempre gritou dentro de mim, que estaria a maior parte da minha vida sozinha e realmente estive mais sozinha do que acompanhada e, ultimamente, creio que essa solidão se acentuou, em parte por opção, outra parte pelos revezes da vida. Acho que isso eu previa e não mudou muito, mas a vida da gente não é feita só de um aspecto, mas de diversos, e em tantos outros fui completamente surpreendida pelos acontecimento, pela vida, pelas minhas escolhas.

Já o que sonho daqui para frente, nem sei dizer ao certo. Normalmente sou bem realista, não sou muito sonhadora, então meus objetivos tem o tamanho que posso atingir. Geralmente sou feita de muitos pequenos sonhos, pequenas metas, que me fazem chegar a situação que imagino. Mas não é nada tão grande que não possa atingir. Creio ser altamente angustiante perseguir objetivos inalcançáveis. Um desperdício de energia. Quando penso no futuro, sempre penso na velhice e sempre penso que quero estar o melhor que puder fisica e mentalmente. Envelhecer com qualidade de vida, podendo sempre estar no controle da minha vida, podendo cuidar de mim, ser independente na medida do possível. Acho mesmo que para uma solitária como eu, esse é um grande sonho a longo prazo...

Agora tem os sonhos que sabemos impossíveis, aqueles que a realização sabemos que não vai acontecer, mas nos faz bem sonhá-los, exatamente porque é lúdico, apenas faz bem pensar neles. Eu sonho que um dia serei uma grande atriz, dessas "camaleoas" que se transformam a cada personagem, uma Meryl Streep. Sei que nunca serei atriz nenhuma, mas gosto de brincar de sonhar, porque é algo que me leva a um lugar só meu. Em alguns momentos posso dar vazão a esse lado, numa festa, numa oportunidade qualquer. Mas sei que é um sonho para preencher as minhas fantasias.

E você? Me conte!! Você é hoje em dia o que sonhou quando criança? O que ainda planeja alcançar no futuro? Você tem um sonho impossível?

domingo, 18 de novembro de 2012

Indiretas são irritantes!!


Acho que a coisa mais irritante que veio junto com a internet, foi a grande possibilidade que esse meio de interação trouxe para a proliferação das indiretas e insultos de todos os gêneros. Claro que todos nós na vida já jogamos uma indireta para alguém. Óbvio que eu mesma já lancei mão desse recurso várias vezes, mas fazer disso um hábito é onde reside o problema. Aliás a repetição é sempre o problema. Podemos errar, claro, é do ser humano. Ficar errando sempre do mesmo jeito é que irrita quem está em volta. Na blogosfera podemos perceber muitos posts na forma de indireta. Nas redes sociais, então, meu Deus, é praticamente um festival de indiretas.

Muitos dos meus posts podem parecer uma indireta, mas existe uma linha tênue que separa a indireta, da inspiração. Explicando melhor, indireta é quando você manda um recado com endereço certo, mas sem dizer o nome da pessoa. Inspiração é quando ocorre um fato, por exemplo, senti um ciúme imenso de alguém, daí resolvo abordar o tema ciúme, mas sem direcionar todo o texto para uma pessoa. Na verdade nós que escrevemos blogs temos nosso assuntos inspirados no que acontece na nossa vida, nos nossos relacionamentos e questões. Muitas vezes pessoas que não sabem nem que tenho um blog me inspiram posts inteiros, eu os faço e nem por isso é uma indireta, porque a pessoa não acessa aquele texto. O ocorrido te inspirar a escrever sobre o assunto é uma coisa, o ocorrido fazer você escrever um email em forma de post é outra coisa bem diferente.

Nas redes socias, a coisa é feia! São tantas indiretas,  que você vai entrando naquela vibe e quando vê,  já está respondendo a indireta da indireta da indireta. É algo angustiante mesmo e se a gente for bloquear as publicações de todos que lançam indiretas, chega uma hora que não seguimos praticamente mais ninguém. Então é algo que me cansa extremamente. Me cansam também as atitudes em forma de indiretas, das pessoas que usam perfil de amigos em comum para mandar seus recados, ou para dizer "viu como sigo fulano e não te sigo".  Eu simplesmente não tenho estômago para essa coisa, até respondo quando vou me sentindo agredida, mas o que acabo fazendo mesmo é me afastando de tudo, como fiz recentemente com o Facebook, simplesmente não entro na página, não sei o que tá rolando e olha que tem me feito bem. Aproveito esse tempo para ver outras coisas mais agradáveis na internet.

Acho que a solução melhor a ser adotada na internet é ignorar. Se algo começa a te chatear muito, temos o recurso de ignorar, se é nas redes sociais a gente bloqueia as atualizações da pessoa, se é nos blogs a gente tira o blog do nosso rol de leitura. Ninguém é obrigado a ficar lendo o que não te faz bem, portanto não existe, também, a necessidade de ficar respondendo indiretas. Acho que é um exercício cansativo, inútil e até infantil esse de ficar nesse ping pong de recadinhos malcriados. Melhor é tirar o time de campo e ir jogar em outro lugar, nem que seja por um período, até a poeira baixar e a gente voltar a ter prazer na interação. Pretendo voltar para o Face, mas depois de um bom descanso de tudo isso, assim como fiz aqui com o blog, quando outras questões, que não essa,  estavam me desagradando. Dei um tempo e agora quando voltei tudo tinha outra cara, estava mais light, mais prazeiroso.

O que me irrita na internet é que todos os covardes de carteirinha descobriram o poder do insulto anônimo e da indireta. Então se a gente não se vigiar, entra mesmo nessa vibe e é sugado por ela. Por isso que sempre que identifico que um tipo de interação não está legal, saio de cena por um tempo para as coisas se ajeitarem. Porque não dá para bater de frente com covarde, se ele joga uma indireta e tu responde com uma direta, imediatamente ele diz: "- Você tá louca, não é nada disso, isso que escrevi era de uma outra coisa que aconteceu". - Então como não tenho paciência para joguinhos, procuro coisas mais sadias para preencher meu tempo.

domingo, 11 de novembro de 2012

Não gosto do sentimento de pena!!


É meio lugar comum dizer que a gente não quer a pena de ninguém, é bonito dizer isso, geralmente é uma frase muito usada em novelas e filmes porque causa um bom efeito.  Mas na prática a coisa funciona bem diferente e a pena é muito presente no ser humano. Tenho uma grande implicância com esse sentimento. Quando sentimos pena da gente ficamos paralisados, quando sentimos pena dos outros, isso faz com que a gente perca a medida do quanto devemos ajudar e do quanto devemos deixar que a pessoa ande com suas próprias pernas.

A verdade é que todos nós, em maior ou menor proporção sentimos pena de nós mesmos. É do ser humano achar que vida está sendo injusta, que a gente não merece o sofrimento e tal. É natural sentir isso, o que não é natural é sentir isso o tempo todo. Quando a pessoa simplesmente se entrega ao sentimento de pena por si mesma, a depressão se instala fácil e pronto ali temos um ser paralisado, sem capacidade de mudar nada em sua vida. Tá bom! Eu sei que existe a depressão doença, eu já tive e sei o quanto é ruim, mas não estou falando dela, estou falando de pena de si mesmo, que é cômodo, te deixa num lugar de conforto: "O mundo é cruel comigo, por isso eu sofro".

No início da minha vida adulta o que mais sentia por mim era pena, era uma pena tão grande de tudo que me acontecia, das coisas que não conseguia mudar, das oportunidades que não me davam. E vivia triste e entrando em depressões. Não sei onde começava a doença depressão e onde terminava a pena que sentia por mim.

Um dia eu disse para mim mesma que precisava escolher, porque estava me afundando cada vez mais nos meus problemas, mágoas e incapacidades. Me sentia paralisada e sucumbindo a tudo. Foi aí que comecei a dar uma virada no meu jeito de pensar. Foi fácil? Não!! Foi difícil demais! Consegui mudar meu padrão de pensamento? Não totalmente, apenas mudei o sentimento, a pena de si mesmo te paralisa, a raiva de si mesmo te faz movimentar a lama que você está enfiado. E foi isso que fiz, transformei pena em raiva e é isso que faço até hoje. Eu me permito sentir pena de mim por um breve período, logo depois transformo em raiva, porque a raiva impulsiona, te faz querer mudar, te faz buscar soluções.

E quando mudei meu padrão de pensamento de pena para raiva, isso transbordou para a minha forma de enxergar o mundo. Sinto muito, mas muito pouca pena das pessoas. Exceto se pessoa estiver passando por algo que ela não buscou, algo que eu perceba como muito difícil, quase sem saída, dificilmente sinto pena de alguém, porque acho que ao sentir pena,  alimento a pena que essa pessoa tem de si mesma. O que tento fazer é com que ela sinta raiva daquela situação e daí tente mudar.

Sei que esse é um jeito muito peculiar que encontrei de transformar pena em raiva. Não digo que vá ser bom  para todos, muitos podem achar o sentimento de raiva pior que o de pena, mas para mim funcionou bastante. Não me tornei a pessoa mais feliz do mundo, mas também acho que isso não vou ser nunca. Contudo me tornei uma pessoa mais ativa diante dos problemas e situações que requerem atitude e só por isso já terá valido a pena ter feito essa mudança no meu padrão de pensamento.

domingo, 4 de novembro de 2012

Ser diferente é bom?


Fico boba com o tanto de gente que cruza meu caminho querendo ser diferente. Tem pessoas que se especializam em identificar o comum e seguir o caminho contrário só para bater no peito e dizer: - Eu não aceito isso porque sou diferente! - Ora, ora, quem realmente é diferente, quem pensa diferente, faz isso de maneira natural, sem pensar sobre o assunto.

No geral as pessoas pensam que se elas forem diferentes, vão ser reconhecidas como admiráveis pela maioria das pessoas, vão se destacar, virar exemplo e todas as pessoas vão querer imitá-las. Mas eu como uma diferente, digo, com conhecimento da questão, que ser assim não tem nenhum glamour, nenhum, você sofre discriminação, não tem a compreensão da maioria das pessoas, vive mais isolado porque as pessoas no geral tendem a se afastar, principalmente aquele grupinho que quer ser diferente. Esse é o primeiro a identificar o diferente e dizer que ele é um estranho, porque na cabecinha daquele que quer não quer fazer parte do comum, o diferente é o artista famoso e glamuroso.

É óbvio que os artistas de valor, os que se destacam na nossa sociedade, no geral tem diferenças marcantes da maioria da população, mas eles não são admirados, famosos e realizam um trabalho legal só porque são diferentes, eles se sobressaem porque tem talento e batalharam muito para isso, elementos que a criatura que quer ser diferente não tem. Quem deseja ser diferente, só é realmente o do contra, aquele que gosta de criar uma polêmica. Ser só diferente não basta para você ser reconhecido e ter a admiração das pessoas.

Eu tenho uma amiga no trabalho que ela não faz um perfil no Facebook porque diz que todo mundo tem Face e que quanto mais pessoas têm e insistem para ela fazer, aí mesmo que ela não faz. Daí  perguntei o que ela ganhava com isso, e claro que ela não soube me responder. O que estranho é que ela é uma pessoa que sofre bastante por ter uma deficiência física, que faz dela uma diferente de alguma forma, já que sofre discriminações e é tratada de uma forma diferenciada pela maioria das pessoas. Então simplesmente não entendo esse comportamento nela e já falei isso para ela, não estou aqui falando por trás.

Eu tenho minhas diferenças e não me orgulho nem um pouco delas. Acho que elas me fizeram crescer mais como pessoa, já que eu tive que me atritar mais com o mundo e chegar mais depressa a algumas conclusões. Mas fora isso não vejo nenhuma vantagem em ser diferente. Olho a vida dessas pessoas que crescem numa família normalzinha, tem uma adolescência com os problemas característicos dessa época, crescem, estudam, arranjam um emprego, se casam tem filhos, as vezes se separam ou não. Daí fico olhando a vida dessas pessoas e não tenho idéia do que é ter uma vida assim. Sei que a vida de todo mundo tem problemas específicos, peculiares, de cada um, mas quando digo vida normalzinha, são essas vidas que seguem esse roteiro conhecido por todos nós. Eu gostaria muito de ter tido uma vida assim. Porque de diferente da maioria eu só tive os problemas, talento não vejo nenhum grande que faça eu me destacar... rs

E você se sente um diferente? Conhece alguém que se ache diferente? Conhece alguém que realmente é diferente?

domingo, 28 de outubro de 2012

Pessoas que só falam de um assunto...

 
Há um tempo venho querendo escrever sobre isso, porque se tem algo que sempre me policio, é sobre o quanto estou  sendo chata e batendo no mesmo assunto o tempo todo. Óbvio que não tenho uma noção completa disso, porque não estou de fora para me perceber, mas juro que tento não ser uma dessas pessoas chatas de um único assunto.

Tá bom que todos nós temos nossos assuntos preferidos. Já fiz vários posts sobre alguns mesmos temas. É natural que algumas questões façam a gente pensar e repensar e isso acabe nos estimulando a falar mais sobre elas. Daí vem as diferenças de interesses de cada um, por isso que nos afinamos mais com umas pessoas do que com outras. Agora tem um grupo de gente que são os famosos chatos, aqueles que só falam de um assunto, ou que nem seja apenas um único assunto, mas é aquela criatura fala as mesmas coisas o tempo todo e volta a falar e falar infinitamente.

Creio que o problema não resida em falar sobre a mesma coisa, o que chateia é a pessoa repetir tudo sem apresentar um dado novo, uma visão diferente, uma descoberta qualquer. Ter que ouvir ou ler a mesma ladainha, infinitamente, como um lamento, acho que é algo bastante cansativo e sinceramente não gostaria de me perceber falhando nesse ponto.

Não vai aqui nenhuma indireta para ninguém, pelamordedeuxxx, mas é certo que já deixei de seguir alguns blogs porque o assuntos era sempre o mesmo! Tem por exemplo a chata abandonada, que é aquela mulher que fica reclamando eternamente porque não tem um namorado. Nossa, não existe nada mais enjoado do que uma pessoa que faz a mesma reclamação da vida o tempo todo. Lembro que deixei de ler uma menina que o blog dela era só isso, lamentar por não ter um namorado. 

A minha mãe, está bem idosa e sei que preciso me munir de paciência, mas é duro atender as ligações dela e ouvi-la repetir sempre os mesmos três assuntos. Os três assuntos que não aguento mais ouvir falar, porque ela conta tudo de novo e de novo, com a mesma riqueza de detalhes, sem nunca mudar nada. É como ver o mesmo capítulo de uma novela todos os dias. E fico pedindo a Deus para quando ficar velha, não ficar assim. Será que todas as pessoas idosas precisam ficar desse jeito? Será que esse é o fim de todos que não morrem cedo? Ficarem monótonos, repetindo as mesmas coisas? Não quero acreditar nisso, porque temos exemplos de pessoas idosas que não são assim. Então há uma esperança de não ficar desse jeito.

Existem também os empolgados que passam da medida. É aquela pessoa que gosta de um assunto, algo que é bonito gostar, do tipo, os que gostam de ler, aí a pessoa só fala de leitura o tempo todo, então ela fala de todos os livros que leu, que está lendo e dos que pretende ler. Até aí tudo bem, dar uma dica de livro é legal, ler é bom, faz bem para alma, é sádio, faz bem pra mente, blá blá blá. Mas só falar de leitura o tempo inteiro, não dá, chega uma hora que esgota, isso vale para quem gosta de filmes, música, novela, esporte, moda, política, religião etc e etc. A pessoa tem que ter um "simancol" de  que está monótona, que só tá falando daquilo o tempo todo.

Sei que esse é uma assunto do tipo carapuça, que todo mundo vai querer enfiar na sua própria cabeça, mas minha intenção com esse post não é mandar indireta para ninguém, mas apenas fazer uma reflexão sobre algo que acho que chateia muita gente e que na verdade nem temos muito controle. Porque é realmente difícil se policiar, fazer uma análise de como estamos procedendo. É muito difícil a gente ter uma noção exata de nós mesmos, principalmente quando o assunto é chatice, mas é possível fazer um movimento em direção a reflexão, a autoanálise, procurar ter um pouco de autocrítica. Isso sim é possível para todos nós.

domingo, 21 de outubro de 2012

Solidão em época de internet...


Tenho pensando muito no tanto de gente que se sente sozinha e usa a internet como forma de aliviar essa solidão. De uma certa forma me incluo no rol dos que vivem grande parte do tempo sozinhos, apesar de não ter medo de solidão, pelo contrário, acho até que busco um tanto ela. Mas a verdade é que o ser humano, por instinto, é um ser social, não nascemos para viver isolados. Então, como todo mundo, tenho meus dias e período em que a solidão me incomoda. A pergunta que me faço constantemente é: - A internet ajuda a você a se sentir menos só, ou ela de uma certa forma acaba te isolando do contato humano, por facilitar demais contatos virtuais?

Sinceramente até hoje não cheguei a uma conclusão. Não sei se nos isolamos mais porque a internet te traz a ilusão da companhia através das redes sociais e todos os sites em que podemos manter um contato com outras pessoas, ou se isso nada tem a ver e as pessoas solitárias são assim porque escolheram, ou porque as circunstâncias as colocaram nessa posição. Talvez a resposta seja: um pouco dos dois.

Sou de uma geração que viveu muitos anos sem internet. Então ou a gente saía para conhecer gente, ou simplesmente não se trocava idéias com ninguém. Vendo por esse ângulo, acho que a vida antes da internet provocava naturalmente o encontro real, o olho no olho entre as pessoas. E eu gostava disso, gosto até hoje.  Não entendo essa geração em que o casal de namorados deixa de conversar um com o outro, para cada um ficar interagindo pelo celular com outras pessoas. Um dia desses fui a uma peça de teatro e, antes do espetáculo,  tinham varias pessoas em grupos, todas no celular, sem conversar umas com as outras. Sinceramente desse mal  não sofro, se saio de casa, esqueço que existe internet. Mas isso tem a ver com a minha história de vida, acho que o pessoal que cresceu já com a existência da internet, tem uma relação diferente com essa coisa do virtual. É como se o virtual e o real se misturasse o tempo todo.

Em muitos momentos da minha "vida virtual"  tenho vontade de cometer um belo suicídio, do tipo apagar todos meus perfis, cortar todas as possibilidades de contato pela internet e ver o que aconteceria dali por diante. E te digo que isso não é algo totalmente improvável de acontecer, mas também não estou dizendo que vou fazer. Não encarem isso como : "Ela tá fazendo drama porque quer chamar a atenção!". Não, só estou dizendo o que passa pela minha mente.

De todas as formas de interação na internet, a que menos me incomoda são os blogs. Acho que o que rola por aqui é de alguma forma mais sádio, talvez porque o ritmo das postagens não é algo acelerado e viciante como acontece nas redes sociais. Redes sociais de todos os tipos me parecem com droga, tem gente que usa e se diverte e tem gente que usa e se vicia. Se eu estiver em casa, volta e meia dou uma olhada no Facebook, mas não fico ali em frente ao PC vendo tudo que é postado e nem postando cada pensamento/passo da minha vida. E me policio porque acho que se um dia chegar a esse ponto, daí o suicídio virtual será inevitável, porque já chega eu ter sido viciada em drogas e já basta o tanto que uso a internet para outros fins que não o de interagir com outras pessoas.

Seja como for,  acho que as pessoas estão se isolando mais  em seus mundos imaginários e acho que a internet tem culpa nisso, não sei quantificar o tanto que ela influenciou, mas certamente tem a sua parcela de colaboração para criação de uma legião de pessoas que acha que tem muitos amigos, mas só está isolada em frente a uma tela, uns conscientes disso, como eu, mas no meu caso a minha solidão tem uma série de fatores que conheço bem, inclusive escolha de ficar só. Acho que o problema reside quando você acha que todos aqueles 300 seguidores e 500 amigos existem de verdade, daí para um isolamento inconsciente é um pulo.

domingo, 14 de outubro de 2012

Quem aceita melhor a homossexualidade? O homem ou a mulher?


Sei que tinha prometido em um post meu lá de trás, que não falaria mais sobre o assunto homossexualidade, mas acho que vale a pena voltar a tocar no assunto agora. Comentando o blog do Roderick Verden, onde trocávamos idéias sobre preconceito, ele me disse que os homens são mais intolerante com os homossexuais do que as mulheres. Assim, de primeira essa afirmação é aceita como fato pela maioria das pessoas. Mas penso que os heteros são intolerantes com a homossexualidade quando ela vem de uma pessoa do mesmo sexo.

Vamos explicar melhor. Não creio que os homens sejam mais intolerantes com a homossexualidade, eles fazem mais "barulho" nesse sentido, porque a única coisa que fere a honra de um hetero é chamá-lo de gay. Qual a outra coisa que fere a honra de um homem? Acho que nem ser corno é pior que se descobrir gay para um hétero. Como dizia meu pai, ele preferia ter um filho assaltante a ter um filho gay. E acho que para a grande maioria dos homens héteros eles preferem a idéia de virar um marginal do que a de se descobrir homossexual. Daí vem toda essa repulsa dos héteros com relação aos gays. Agora, pergunte a um hétero o que ele acha de duas mulheres se beijando? A maioria vai dizer que é erótico, sensual e tal, porque diria que fantasia de quase todo hétero, senão de todo, é transar ele mais duas mulheres. Duas mulheres juntas é homossexualidade, mas na cabeça do homem é fetiche.

Vamos para o lado feminino na questão. Muitas mulheres são bem tolerantes com  gays, gostam e muitas até preferem a amizade de gays, porque dizem que não tem concorrência e que eles se tornam amigos mais fiéis. Mas pergunte a essa mesma parcela de mulheres se elas se dariam tão bem com uma lésbica, saindo com ela, confidenciando sua vida e tal? Te digo que a aceitação não seria tão boa assim quanto é com os gays.

O que sinto no dia a dia e olha que conheço bem as mulheres, porque minhas amizades sempre foram na grande maioria de mulheres, elas não percebem naturalmente a homossexualidade feminina tanto quanto aceitam/toleram a masculina. Isso é fato! Um dia desses uma mulher muito louca do meu trabalho, daquelas que já apertou o botão do "dane-se" faz tempo, disse em alto e bom som que adoraria ser lésbica, porque só assim não teria mais que aguentar homem deitão. A repercussão dessa afirmação dela, junto a mulherada foi a pior possível, todas, estou dizendo todas,  ficaram chocadas, menos eu, claro, porque penso que adoraria ser bissexual e escolher livremente com quem quero me relacionar. Interessante que os homens não se chocaram com a revelação da louca. Porque será? rsrs.

A mulher hétero típica, não estou falando das atípicas assim feito eu, mas a típica, a que assimilou bem essa criação normalzinha dada as mulheres, ensinada a não dar para o primeiro que aparece, ensinada a não ser promíscua, e blá, blá, blá, olha com muita estranheza e até um certo medo a mulher homossexual. Ela a vê como uma ameaça que nem mesmo ela sabe explicar qual seria, mas a verdade é que existe a repulsa. Sei disso, porque elas me contam. E muitas dessas se dão muito bem com os gays.

A mulher não alardeia sua intolerância, ela camufla, ela evita falar, ela deixa o assunto quieto. O homem corre atrás do gay, o chama de todos os nomes chulos possíveis, persegue, bate, mata. A mulher hétero mantém distância da lésbica. O homem hétero se tiver a chance grita que detesta. Daí essa idéia de que o homem hétero é mais intolerante! Não, gente! O homem alardeia, manifesta em atitudes sua repulsa, por isso aparece mais.

Eu sei que a mulher é um ser mais tolerante do que o homem no geral, a mulher é criada para relevar, o homem nem tanto, dentre outros aspectos que levam a mulher a uma maior tolerância no geral. Mas o que facilita quanto a homossexualidade masculina, é que os gays vivem muito envolvidos no universo feminino, os gays tem uma tendência a idolatrar as mulheres. Já não noto o mesmo com relação as lésbicas, que no geral se fecham em "clubes da luluzinha", tendo como ídolo outras mulheres. Então os gays provocam mais esse contato com a mulher hétero, já as lésbicas nem tanto com os homens, elas curtem mesmo estar com outras mulheres. Pelaamordedeuxxx, gente! Estou falando no geral, claro que existem exceções.

Então o que o homem hétero vivencia mesmo da relação entre duas mulheres é o fetiche que de irá transar com as duas. Na cabeça do homem, a lésbica é sempre "uma mulher mal comida" que não encontrou o homem certo. Na cabeça da mulher, o gay é um homem que gosta de outro homem pra se relacionar.  Na minha cabeça homossexualidade é algo que deveria ser encarado normalmente, tanto a feminina, quanto a masculina, não vejo o menor problema nisso!

domingo, 7 de outubro de 2012

Preconceito de cor...

Dos preconceitos existente na sociedade brasileira, acho que contra os negros é dos mais absurdos que temos, visto que somos um povo essencialmente mestiço. Raros são os 100% branco e acho mesmo que 100% negro não deve ser algo comum, visto que a mistura de etnias foi o que fez a nossa gente. Então para mim é muito estranho uma pessoa claramente mestiça, agir como se fosse branco de olhos azuis e ficar discriminando negros. Na verdade nem que fosse branco puro teria esse direito, mas não sendo, tem menos ainda, porque fica ridículo!!

Dia desses estava olhando um professor da minha academia e pensando em como o rapaz é bonito e sexy, lá pela terceira vez que o vi é que me caiu a ficha que ele é mulato. Então fiquei pensando que mesmo ele sendo um cara muito bonito, educado e tal, deve ter gente que torce o nariz para ele, por ser mulato. E fiquei pensando que esse tipo de coisa absurda acontece e é mais comum do que se imagina.

Pensando aqui nos caras que me atraem de um modo em geral, acho que os mulatos sempre me chamam mais a atenção, talvez por gosto, talvez por achar a pele bem morena algo bonito e não achar que pele branca seja algo melhor, pelo contrário, não vejo graça. Aí eu sei que os politicamente corretos vão dizer que estou discriminando os brancos... rs... mas não é bem assim, é questão de gosto mesmo, mas se me interessar por um cara muito branco, não terá o menor problema.

O que quero dizer mesmo, é que olho os homens e eles me agradam ou não. Não fico pensando se o cara é louro, branco, mulato, negro, etc. Eu gosto de homem, não ligo para essa coisa de cor, mesmo que minha experiência de vida me diga que os mulatos geralmente me chamam mais a atenção.

Aí vocês vão estar se perguntando onde me classifico com a minha cor. Eu me classifico como mestiça, na minha família tem o lado do meu pai que é, em sua grande maioria, de brancos, e tem o lado da minha mãe que tem negros, como meu avó materno. Então sou misturada, como a enorme maioria dos brasileiro. Mas no Brasil não sou percebida como negra ou mulata, porque aqui existe uma classificação sutil de quem é negro e de quem é branco, estranho demais isso. Uma pessoa de cabelo crespo e pele branca é vista como branca, já se tiver cabelo crespo e pele muito morena, aí é negra. Morro e não entendo essas coisas.

No meu círculo de convivência, principalmente no trabalho, percebo esse preconceito de cor muito presente ainda. E pior, sempre vindo de gente que tem um "pé na África", como se diz no popular. Nisso é mais uma coisa que me destaco da família onde nasci. Todos eles são muitos preconceituosos em relação a tudo, inclusive contra negros e eu nunca entendi o porquê deles agirem dessa forma.

A verdade é que o preconceito existe sim, está presente a todo momento, nas entrelinhas e muitas vezes de forma explícita. Ainda bem que hoje em dia existe uma lei que protege as pessoas que são classificadas como negras. Porque ao meu entender essa lei não deveria ter a necessidade de existir no Brasil, já que todos nós temos nossa parcela negra na genética. Enfim, mais uma coisa com a qual não concordo e pretendo sempre que possível combater, afinal somos todos da raça humana.



domingo, 30 de setembro de 2012

Não sou saudosista, mas sinto saudades do que eu era...

Quem me conhece sabe que sou quase nada saudosista. Só não arrisco dizer nada saudosista, porque uma coisa ou outra me remete a um passado que gosto. Como dia desses que estava lendo os comentários do meu blog e me lembrando do meu primeiro blog em 2003. Naquela época ter 10 comentários num post era ser mega comentado, com a diferença que as poucas pessoas que comentavam tinha um envolvimento maior com o blogueiro. Talvez pela coisa da internet não ter o tamanho que tem hoje, a conversa era com pouca gente e mais aprofundada, pelo menos é a  impressão que tenho.

Lembro que as poucas pessoas que me comentavam, com todas tinha uma amizade virtual boa. E essa amizade acabou virando amizade real mesmo. A gente se encontrou, fizemos um grupo, uma turma gostosa, que me rendeu algumas viagens e que me trouxe muitas alegrias. Talvez tenha saudades do que eu era naquela época. Ainda não era tão defendida e desconfiada como sou hoje em dia, ainda mergulhava de cabeça nas relações, fossem elas de amizade ou romântica.

Nessa mesma época surgiu uma grande paixão na minha vida. Posso dizer que a última com aquela intensidade toda que foi. Então a gente quando sente saudades, a gente não sente saudades de como as coisas eram, a gente sente saudade mesmo do que a gente era, de como a gente se sentia! Como hoje em dia me considero mais centrada que antes em quase tudo, talvez daí venha esse meu pouco saudosismo. Não acho que épocas passadas sejam melhores do que a minha época atual, mas sinto saudade da intensidade que minha alma possuía, que fazia com que estreitasse laços de amizade com mais facilidade, que fazia com que vivesse mais emoções boas, mesmo que pagando o preço de ter um monte de decepções.

Às vezes me pergunto onde foi parar toda aquela minha emoção a flor da pele. Onde foi que perdi essa capacidade de me encantar facilmente? Claro que ser racional é bom, traz uma proteção grande, é confortável, mas um pouco de loucura apimenta a vida. Lembro que antes quando me sentia entediada, pensava numa nova loucura e normalmente aprontava alguma. Hoje em dia quando estou entediada, vou ver um filme... rs.

A gente paga um preço por amadurecer. E como se algo esfriasse dentro da gente e não sabemos identificar muito bem o que aconteceu. É certo que muitas pessoas envelhecem insanas, com a emoção a flor da pele. Eu não queria ter continuado assim, acho que quando era assim, sofria demais também, talvez até sofresse mais do que me deliciasse. Mas tinha o lado bom da coisa. E esse lado me dá saudades! Saudades do que fui e não sei mais como ser de novo.

domingo, 23 de setembro de 2012

Futilidade é algo que pertence somente às mulheres?


Quando se juntam algumas mulheres para falar de cabelo, moda, unha e etc, se tiver homem por perto vai logo dizer: "- Quanta futilidade.". Admito que tem mulheres que SÓ falam disso, mas falar sobre isso também é necessário para o mundo feminino. Caso contrário os homens teriam mulheres peludas, cascudas, desgrenhadas. Faz parte do universo feminino pensar nesse tipo de coisa. Agora interessante mesmo é que os homens também tem suas futilidades, e é bem menos comum eles serem acusados de fúteis, pelo simples motivo de que vivendo em uma sociedade predominantemente machista, até as futilidades masculinas são tidas como coisas importantes.

Temos como exemplo de futilidade masculina, e é um grande exemplo,  o futebol. Sinceramente, quantos homens passam a maior parte do dia falando, pensando, comendo, vestindo futebol? E não são poucos, muitos homens vivem para pensar em futebol e ninguém vai me convencer de que futebol é algo importante, essencial na vida de alguém que não trabalhe com esse esporte. Futebol é paixão, é diversão e assim deveria ser encarado, como momento de lazer, mas não é o que acontece. Percebo muitos homens do meu convívio, que estão adoecidos pelo futebol, de uma maneira que sinto tristeza mesmo.

O futebol é importante de verdade, para quem vive dele, para os patrocinadores, jogadores, profissionais da área e para os clubes. Alguém vai querer me convencer que, para população em geral, futebol é mais importante que novela? Para mim os dois estão no mesmo patamar, e não vejo tantas mulheres adoecidas por novela quanto vejo homens fanáticos por futebol.

Então sinceramente me digam. Só as mulheres tem futilidades? Claro que não. A questão é que as futilidades femininas são tidas como menores, aliás como tudo que pertence ao universo feminino. Parece que tudo que interessa mais às mulheres, é pequeno é sem importância. E tudo que interessa mais aos homens, é algo que tem que ser respeitado. Sinceramente eu não tenho a menor paciência para essa desvalorização em cima da mulher.

Óbvio que quando digo futilidades, não me refiro somente a esses assuntos abordados no post, mas todos os assuntos que não trazem um acréscimo importante para sua vida. E também não estou dizendo que futebol é algo que deva ser desprezado, ou que seja uma paixão exclusivamente masculina, eu até gosto, tenho meu time, vejo jogos e torço, mas acabou a partida,  sigo minha vida sem pensar naquilo. Assim como gosto de saber sobre xampus, cremes, esmaltes e moda e nem por isso vou viver para isso, apenas reservo momentos do meu tempo para pensar nisso. Sei que existem mulheres doentes por moda e beleza, do mesmo jeitinho que tem homens doentes por futebol. Apenas fico P da vida quando só as mulheres são acusadas de fúteis.

A pessoa fútil, seja ela homem ou mulher, me causa angústia. Sinto tanta agonia com o professor da minha academia que fala o tempo todo do Flamengo, quanto com a estagiária do meu trabalho que só fala em comprar roupa e sapato. Acho que o ser humano tem um potencial incrível para ser desperdiçado com apenas dois ou três assuntos. Podemos pensar um pouco sobre  tudo, só assim a gente vai aproveitar essa passagem aqui pela vida. É questionando e  analisando que vamos chegar a conclusões, se ficamos perdidos em um só pensamento, estamos desperdiçando possibilidade de aproveitar o que a vida tem de melhor que é o experimentar, vivenciar.

domingo, 16 de setembro de 2012

Arrependimentos...


Acho o arrepedimento um sentimento terrível, que corrói a gente por dentro de maneira silenciosa. Muitos dizem por aí que é pior se arrepender do que não fez. Acho que minha experiência de vida diz o contrário, que é pior se arrepender do que se fez e deu super errado.

No meu momento de vida, ando passando por algo assim, algo que escolhi fazer e que deu super errado e que trouxe consequências para minha vida em todos os níveis. O chato disso é que aquilo que queria evitar, foi exatamente o que provoquei com a minha atitude. Então você saber que precipitou o inferno para sua vida, um inferno que poderia não vir se tu tivesse ficado paradinho, apenas não tivesse agido. A dor de saber disso é algo que machuca demais. E é algo assim que não dá pra sair dividindo com os outros, porque até falar sobre isso machuca.

Eu peco demais pelo excesso de atitudes. Várias vezes na minha vida eu sofri com grandes arrependimentos por conta de atitudes precipitadas. Muitas vezes queria ser mais acomodada em certas circunstâncias, ficar esperando mais a vida se resolver. Mas daí também se nos acomodamos demais caímos no extremo oposto, que é se arrepender das oportunidades perdidas.

Me arrepender pelo que não fiz é algo que aconteceu pouco na minha vida. Até porque minha vida não foi cheia de chances maravilhosas, tudo sempre foi muito batalhado. As poucas chances assim caídas do céu que tive, normalmente foram chances mesmo de luta por algo. Acho mesmo que esse é um traço de vida da maioria das pessoas, poucos são os privilegiados em que a vida traz tudo de bandeja.

Acho que minha tendência agora é pensar bem antes de agir, parar para analisar os prós e contras, mas mesmo assim admito que quando coloco algo na cabeça, geralmente preciso tentar aquilo, é algo quase compulsivo.

Ao final acho que o mundo meio que se divide entre os que se arrependem mais do que fez e os que se arrependem do que não fez. Resta saber qual tipo de pessoa você é para poder trabalhar isso.

domingo, 9 de setembro de 2012

Conquistas vazias...


Vou tentar ir voltando aos poucos para o blog e hoje me deu vontade de escrever sobre conquistas e o que nos traz realizações verdadeiras.

Muitas vezes fico olhando as pessoas e penso que elas são mais felizes do que eu, que se sentem mais realizadas. Em outros momentos me sinto agradecida pelas minhas conquistas e sinto que deveria estar mais de bem comigo mesma, mais do que me sinto no geral. Mas a verdade é que as pessoas não são mais felizes do que eu e nem tenho tudo que preciso para me sentir plena. Tudo é muito relativo.

Quando faço uma retrospectiva da minha vida, do nada que já fui um dia para o que sou hoje, acho realmente que conquistei muito. Mas existem pontos na vida de todos nós que são como uma espécie de "Calcanhar de Aquiles", aquilo que desejamos muito, muito mesmo e é tudo que não temos, resultando numa vunerabilidade. Não sabemos dizer ao certo se desejamos muito porque nunca alcançamos aquilo, ou se por acaso tivéssemos aquilo, realmente faria toda a diferença que pensamos.

Dias desses estava pensando em quais seriam meus maiores sonhos. O que se tivesse realmente me traria uma sensação de plenitude emocional. E me vieram duas respostas, duas coisas que se conseguisse, tenho uma convicção íntima de que me deixariam plena. Bastaria ter realizado um desses dois sonhos para fazer uma boa diferença em termos de bem-estar. Mas obviamente que não vou dizer o que é, para não gerar um debate em cima da necessidade ou não disso para minha vida. Na verdade só eu preciso saber e sentir isso.

Então fico pensando que ao não ter essas duas coisas, parece que todas as minhas outras conquistas se tornam vazias. Elas me satisfazem por um período curto, como a dose de uma droga, para logo depois ficar aquele buraco lá, pedindo providências na conquista do que realmente importa.

O chato é que nem sempre o que nos faz falta é algo que dependa só dos nossos esforços. E nesse caso, esses meus dois desejos, dependem pouco de mim e mais da vida, dos acontecimentos. E esse exercício de esperar a parte que não nos cabe lutar, é algo que realmente me detona por dentro. Quase tudo que dependeu de mim, eu o fiz, e o que não fiz, sei exatamente qual o motivo que bloqueou e não foi a minha falta de iniciativa perante a vida. Pelo contrário,sofro algumas consequências de atos que foram um excesso de iniciativa, talvez se tivesse deixado a vida se resolver, não teria estragado o que já não estava bom.

Em tudo isso o que mais me atormenta é ficar sempre analisando a vida. Não é porque estou distante dos blogs que deixei de me indagar. Esse é um exercício quase que automático em mim. A questão é que cada vez mais, a gente vai guardando nossos questionamentos para nós mesmos, num misto de cansaço e falta de vontade de explicar.

Você aí que está lendo esse texto agora. Se sente feliz? Tem algo que gostaria muito de conquistar e não conseguiu?

domingo, 29 de julho de 2012

Por que os homens somem?


Olá pessoal, sei que ando muito afastada dos blogs, que quase não leio mais os blogs amigos e tal. Mas é que realmente estou curtindo viver outras coisas. De vez em quando é bom mudar os hábitos, dá uma renovada. Certamente voltarei para cá, com força, qualquer hora dessa.

Mas hoje bateu uma saudade daqui, de escrever sobre um assunto que me incomoda desde sempre. Será que algum ser humano, do sexo masculino, feminino, ou alternativo, poderia me explicar o motivo dos homens resolverem todas as questões sumindo. Se não querem mais se relacionar, somem, se não gostaram da transa, somem, se não gostaram de você, somem, se simplesmente não estão mais a fim, somem. Tá certo que algumas mulheres agem assim, mas esse traço de comportamento é tão marcante entre os homens que eles mesmos assumem isso, mas parecem não saber explicar muito bem o motivo de agirem dessa forma.

Sou capaz de ter uma relação de amizade com um cara que me dispensa dizendo que não me quer mais, mas pego um nojo imenso de homem que desaparece sem dar explicação. Primeiro que não corro atrás, quando identifico que o sujeito sumiu, a primeira coisa que me dá é uma raiva que se pudesse matava, em seguida é dedicar minha indiferença total ao ser que age dessa forma. Porque se o sujeito não tem coragem nem de dizer "Tchau! Não quero mais", não merece sequer que eu pense nele.

Mas infelizmente esse tipo é o mais comum na minha vida. Se existem muitos homens que honram as calças que vestem e falam para a mulher que não estão mais a fim, certamente esse tipo passa longe de mim, porque conto nos dedos de uma mão os homens que me dipensaram com uma conversa. A grande maioria foi sumindo mesmo, da noite para o dia, sem dar tchau. E pior que digo para mim mesma: "Não é possível, aconteceu alguma coisa", aí mando uma mensagem, um email, faço um telefonema, e a criatura não te retorna. Nessas horas se o que sinto matasse, certamente o sujeito tava morto. Mas o bom é que não fico remoendo, rapidamente eu descarto o infeliz da minha vida.

Mas quero esclarecer que essa situação não se aplica a gente que gruda. Porque tem umas pessoas que por mais que você dê sinais, fale que não quer e tal. A pessoa gruda de tal forma que o único jeito de resolver, é deixar a pessoa no vácuo, para que ela entenda que não dá mais. Mas essa situação é totalmente diferente de se sumir da noite para o dia, sem dar explicação.

Seja como for, se alguém aí tiver uma idéia do porquê dos homens agirem assim, agradeço se deixar a opinião aí. Gostaria de saber o que acham a respeito.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pessoas mais velhas me interessam...


Continuo sem tesão nenhum para postar, para blog e tudo que envolve a blogoesfera, me deu uma preguiça de tudo aqui. Espero que uma hora dessa passe. Mas eu já tinha esse post nos meus rascunhos e vou publicar para não ficar perdido.


As pessoas que seguem meu blog há um tempo, sabem do meu medo de envelhecer. Que beira a uma espécie de fobia. Não tenho medo só do aspecto estético da coisa, mas de tudo que vem com a velhice, o preconceito, o abandono, a falta de saúde, limitação de movimentos. E por mais que as pessoas digam que lidam bem com a velhice, experimente elogiar e dizer que elas parecem mais jovens, que essas mesmas pessoas que dizem curtir seu envelhecimento, vão achar o máximo aparentar menos idade.


Todos nós que vivemos numa cultura ocidental, achamos desagradável o envelhecimento. O velho é tido como alguém que passou da época, que não pode ter sexualidade, é como se a pessoa que envelhecesse não pudesse mais sonhar como qualquer outra pessoa, como se não pudesse desejar o que todos desejam. Acho muito cruel o que fazem com os velhos na nossa sociedade.

A mulher por sua vez, sofre ainda mais com a velhice. A mulher tida como velha é uma mulher fora da "competição", um artigo que perdeu a validade, que precisa ser recolhido para o estoque, sair da vitrine. E nenhuma mulher quer isso, ela aceitando ou não seu envelhecimento, ela quer se sentir viva e tendo possibilidades.

Pode parecer um paradoxo o que vou dizer e na verdade é. Luto muito contra o envelhecimento do meu corpo e creio que vá lutar sempre, mas acho lindo quem assume as marcas do tempo, quem não pinta os cabelos, assume suas rugas, principalmente as artistas que seguem essa linha, acho de uma coragem sem fim.


Estranhamente, mesmo eu tendo fobia de envelhecer, não tenho aversão por pessoas mais velhas, muito pelo contrário, elas me interessam e muito. Acho, sinceramente, que quem viveu mais tem mais o que contar, chegou a mais conclusões. A vivência traz um charme que só quem tem mais idade possui.

Perco a conta das pessoas mais velhas de quem sou fã: Ney Matogrosso, Bibi Ferreira, Maria Bethânia, Marília Gabriela, e tanta outras que já passaram dos 60. Não que passar dos sessenta seja o marco da velhice. Mas certamente na nossa sociedade cruel, a pessoa é tida como pelo menos não jovem; daí para velho mesmo.

Arriscaria mesmo a dizer que homens jovens são excitantes de ser ver. Normalmente eles me chamam a atenção, mas tenho uma convicção interna que só conseguiria me apaixonar realmente por um da minha idade ou mais velho. Devido a esse algo mais que a pessoa possui, que não tem muito como explicar de onde vem, senão da vivência.

Todos vocês repararam que não usei a palavra idoso, porque acho só uma forma politicamente correta de rotular quem é velho. Velho é velho e pronto, não tem porque ficar floreando palavrinhas, como se faz com afro-descendentes, ou homoafetivos, se ninguém no popular, no dia a dia mesmo, usa esses termos. Então estou usando a palavra velho no seu sentido real e não pejorativo.

E para finalizar deixo aqui a primeira parte de uma entrevista deliciosa que Bethânia deu para o Sem Censura. Ali podemos perceber uma pessoa que tem as marcas do tempo no corpo, se orgulha disso, mas uma alma de menina e um bom humor delicioso. Fica para quem gostar e tiver paciência assistir.


terça-feira, 12 de junho de 2012

Parabéns pelo aniversário, Ben!!

Bem, gente, cá estou eu de volta, mas hoje para fazer uma pequena homenagem, um vídeo fofo, uma surpresa para um cara que conheço há pouco tempo, mas que tem me feito bastante bem estreitar um relacionamento, que posso chamar de amoroso, embora ainda virtual. Ainda não nos encontramos pessoalmente, mas é só uma questão de tempo.

Ben, querido, espero que goste!!!!!

E para o resto do pessoal que me acompanha, é uma oportunidade de ver a Dama de Cinzas, que muitos acham misteriosa, sem máscaras... rs

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Sobre meu aniversário...

Agradeço a todos que me felicitaram pelo meu aniversário! Acho que juntando mensagens no meu mural, mensagens off, email e msn, passou de uma centena de gente me felicitando no virtual. Já na vida real, foram dois telefonemas e três mensagens de celular, o que prova o que venho pensando sobre mim, sem dramas, claro. Tenho uma existência maior no mundo como avatar, nick, blogueira, participante de redes sociais, enfim, tenho uma existencial virtual forte e uma real quase inexistente. Até minha mãe esquece meu aniversário. Não que me importe de verdade se alguém esquecer essa data, o problema reside em todos os outros dias do ano que são exatamente do mesmo jeito.

Talvez o problema esteja em mim. Acho mesmo que o problema está em mim, nas escolhas que fiz, no jeito que sou e encaro a vida. Vai ver esse é a fatia que me cabe nesse grande bolo.

domingo, 13 de maio de 2012

Que destino dou a minha vida de blogueira?


A verdade é que nunca fiquei tanto tempo em algo da internet. Este blog faz cinco anos de existência em agosto e ele sempre foi meu queridinho, aqui eu vinha com o maior prazer do mundo escrever minhas alegrias, opinões, dúvidas e tristezas. No entanto de um tempo para cá fui cansando de tudo. Cansando das interpretações erradas que sempre rolam, cansando da falta de sensibilidade de algumas pessoas quando estamos mais frágeis, cansando da obrigação de retribuir visitas, cansando de escrever posts, enfim o que era um prazer estava virando uma espécie de obrigação e blog não pode ser obrigação, exceto se tiver um retorno financeiro, que não é meu caso.

Claro que ter um blog não é só chateação, muito pelo contrário o saldo para mim sempre foi positivo, o número de pessoas legais sempre foi maior. Tem vários blogueiros que curto muito e ainda continuo visitando e lendo em silêncio, porque optei por não comentar nenhum blog nesse período, para não parecer que eu continuava dando atenção a uns e desprezando outros. Então continuarei seguindo esses blogueiros.

Uma colega de trabalho, que não é muito próxima de mim, me disse dia desses que ando desanimada para fazer as coisas. Fiquei intrigada com a observação dela, passei a analisar e realmente vi que andei parando com uma série de coisas na minha vida. Na verdade ando sentindo como se minha vida estivesse velha, como se tudo não estivesse funcionando mais. Assim feito uma casa velha, que vai dando defeito em tudo e precisa de uma obra que mude tudo. Não, gente, não é depressão, antes que alguém me diga isso, sei o que é depressão e estou longe disso.

Por outro lado não aguento mais mudanças. Tudo que fiz na minha vida toda foi mudar, mudar e mudar. Vai ver que por isso me sinta tão vazia do essencial. Parece que nessa série de mudanças fui perdendo coisas importantes pelo caminho e hoje sinto que minha vida está estranha, sem referências.

Mas procuro ser sempre fiel aos meus sentimentos. Se algo não está funcionando, preciso dar uma parada naquilo, mesmo que seja para não substituir por nada imediatamente, já que a vida se encarrega de fazer isso. Então acho que é por aí! Estou fazendo uma espécie de limpeza do que não está funcionando e não estou desesperada para colocar imediatamente algo no lugar. Vou confiar que a vida vai me mostrar novos caminhos com o tempo.

Quanto ao blog, ainda não sei o que farei com ele. Certamente isso aqui não é uma despedida, não estou dizendo que vou deletar o blog, nada disso, continuo gostando muito do meu blog. Acho que é uma especie de explicação, caso eu fique muito tempo sem participar da blogosfera, como vim fazendo todos esses anos.

Até breve.

P.S.: Agradeço a todos que gentilmente comentaram meu post anterior, mesmo eu estando afastada da blogosfera. Os comentários de vocês me ajudaram muito a ver a situação por outros ângulos e foi importante para digerir tudo.
Não costumo remoer raiva porque acho que isso faz mal para a saúde. Mas eu guardo o nome da pessoa e espero calmamente a hora de uma revanche, nesse caso a vida ainda vai me dar a oportunidade de pelo menos falar para esse cara o que penso dele.
A única coisa chata que ficou da situação é que ouço diariamente a voz do infeliz no nextel da mãe dele que é minha vizinha de porta e fala com ele o tempo todo. E ontem tive o desprazer de vê-lo, coisa que naturalmente volta e meia vai acontecer. Numa dessas surge a oportunidade que quero. Esses acontecimentos me fazem lembrar da situação, mas também nada que seja um drama. Bola pra frente que isso já tá superado!

sábado, 28 de abril de 2012

Nunca estamos livre de um canalha!


Mesmo dando um tempo no blog, preciso vir aqui contar algo surreal que aconteceu comigo no campo dos relacionamentos amorosos. Na verdade, gostaria da opinião tanto masculina, quanto feminina. Foi difícil para mim digerir toda a situação, amarguei uns dias em que me senti a pior das criaturas. O lado bom é que saio cada vez mais rápido desse tipo de decepção, geralmente em três dias. Mas confesso que ficou um resto de situação mal resolvida dentro de mim, que gerou uma tristeza. Não por conta do sujeito, mas por questões internas minha mesmo.

Vamos lá para o que aconteceu:

Era sábado, a tarde, minha casa uma bagunça, eu descongelando minha geladeira para limpar, quando toca o interfone do meu apartamento. Eu atendo e um rapaz se identifica como M., filho da minha vizinha de porta aqui no prédio, dizendo que precisava muito falar comigo. Na mesma hora imaginei coisas terríveis. Que alguém tinha morrido, que eu tinha feito algo muito errado e tal. Eu abro o portão da rua, porque ele não mora com a mãe, mora em outra cidade e estava chegando para visitá-la.

Entra no meu apartamento e já vai se desculpando por um dia que tocou meu interfone as 3 da madrugada para que eu abrisse o portão do prédio. Disse que não tinha tido importância que não fiquei chateada. Daí ele diz que tem uma segunda coisa para me dizer. Que me achava muito linda e que estava a fim de mim há anos, mas como eu era casada, ele foi sempre adiando se abrir e mesmo assim faltava coragem e oportunidade para confessar seus sentimentos.

Confesso que fiquei sem saber o que responder, apesar dele me atrair fisicamente, algo só de vista, porque nunca tinha conversado com ele e nunca tinha percebido nada. O convidei para sentar no sofá e conversamos por umas duas horas. Ele sempre contando de todas as tentativas de se aproximar de mim, inclusive de um dia que ele tocou na minha porta e meu ex atendeu.

Bem, depois da conversa, disse que iria para a casa da mãe dele, mas que não contaria nada para ela por conta dela ser braba, ciumenta e tal, que falaria no momento certo. E também me perguntou o que iria fazer a noite. Eu tinha um compromisso mas desmarquei. Então me mandou algumas mensagens, acertamos como nós sairíamos. E fomos de carro, paramos num lugar, mas ele disse que não estava muito bem do intestino, se a gente poderia ir para o meu apartamento, que ele compraria um vinho e cervejas. Eu disse que sim.

Chegando de volta no meu apartamento. Conversamos, bebemos vinho, tudo parecia perfeito, do tipo comédia romântica melosa, ou anúncio de perfume importado, algo nessa linha. Ele sempre dizendo que se sentia aliviado de ter contado e tal. E agia de forma assim como se não quisesse só uma transa, não tentava nada, não tentava nem me beijar. E fomos bebendo vinho. Até que uma hora nos beijamos e rolou altas declarações de primeiro encontro, confissões, dentre outras coisas. Como te disse o cenário parecia coisa de filme mesmo.

Acho que a combinação vinho e cerveja, fez a gente contar um para o outro particularidades de nossa vida. E a coisa transcorreu assim até umas 2 e meia da madrugada, quando, dizendo que a gente estava dentro de um compromisso, ele se despede normalmente e vai embora. Não tentou uma transa, então estava descartada para mim a hipótese de que queria só transar.

No dia seguinte acordo por volta de meio dia e mando uma mensagem para o celular dele. Duas horas se passaram e nenhuma resposta. Vejo que ele tava on e postando coisas no Facebook e mando uma mensagem para ele no Face. E nada, nenhuma resposta.

Em resumo, porque o post está ficando grande, a criatura desapareceu completamente e nem fez questão de demonstrar que não podia se comunicar. Ouvia ele falando alto no apartamento da minha vizinha. Depois fiquei sabendo que ele dormiu de domingo para segunda sozinho no apartamento da mãe. Enfim, o sujeito me deletou e ignorou completamente. E assim ficou.

Aí vem minha pergunta para os homens e mulheres de plantão que leem meu blog. O que faz um homem tocar a campainha de uma mulher, dizer tudo que disse, não tentar uma transa e sumir, sem nem um tchau??!

Depois de passar e repassar, em minha mente, tudo que conversamos e as atitudes que ele teve, cheguei a algumas conclusões. E uma dessas conclusões acho que todos vão concordar. O cara é um canalha insensível, porque não vi qual o proveito que ele tirou disso tudo. Se ele tivesse transado comigo, poderia dizer que era isso que queria. Afinal o que ele queria? Tirar minha paz? Detonar minha autoestima? Porque a impressão que ficou é como se tivesse algo pessoal contra mim e armou um cenário para me detonar.

Hoje já está tudo digerido. Mas ainda luto com algumas questões internas minhas, mas isso não tem muito a ver com ele, apesar de ter sido ele quem desencadeou esse processo.

Então fico aguardando opiniões e claro que escrever aqui é mais uma maneira de expurgar essa história.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dando um tempo para mim...


Vou dar um tempo de blog!!

Ter um blog é mais que escrever nele e ficar esperando que comentem. O sentido de ter um blog, para mim, é troca, é interação, é visitar os outros blogs, é ler o que os outros tem publicado, refletir e tal. E tudo isso leva tempo, tempo às vezes que não está sobrando. Então de vez em quando se faz necessário um descanso. Assim como tiramos férias no trabalho, precisamos de férias no blog também.

Para quem é de Facebook, pode me encontrar por lá dizendo algumas besteiras! Para quem não curte redes sociais, vai ter uma boa oportunidade de tirar férias de mim... rs.

Até breve!!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pessoas inconstantes...


Dia desses comentando o blog do Roderick Verden, ele me respondeu que não gosta de pessoas inconstantes, no que concordei com ele. Daí pensando no assunto percebi o quanto detesto isso de verdade. Pessoas incostantes são aquelas que suas atitudes não combinam com o que dizem, são as pessoas "ou tudo ou nada". Confesso que gente assim me dá uma grande agonia.

O mundo virtual está cheio de pessoas desse gênero. São aquelas que enchem os outros de elogios com o objetivo de obter atenção para a sua vida. São aquelas que visitam seu blog uma vez na vida e outra na morte, mas quando visitam dizem amar tudo que você escreve. São aquelas pessoas que em rede sociais adoram contar toda a sua vida em detalhes, mas não acompanham nada do que os outros dizem, e quando comentam querem Ibope. Enfim, são pessoas que dizem adorar os outros, mas suas atitudes só demonstram egocêntrismo.

Dizer que eu não busco atenção seria muito hipócrita da minha parte. Claro que busco, óbvio que se tenho um blog e interajo no Facebook é porque gosto de ser lida, gosto de saber o que pensam sobre mim, mas procuro na mesma medida me manter constante em tudo que os outros escrevem.

Não é um exercício fácil, com a vida agitada que temos, estar sempre comentando e lendo o que as pessoas publicam, mas dar uma olhadinha um dia ou outro, ler os textos e tal é algo bem possível. Não precisamos ler e comentar absolutamente tudo que os outros escrevem. A questão é dar atenção com bom senso.

No meu caso não adianta fazer média comigo, eu sinto exatamente quem quer palco e quem está realmente me dando atenção. Que lê o que publico e quem está caçando retorno. Depois de anos e anos de blog a gente desenvolve um "feeling" para esse tipo de coisa. É quase que automático e sem grandes estresses.

No nosso cotidiano não é diferente. Quem não tem aquele conhecido que um dia fala contigo festivamente e noutro vira a cara? Quem não tem aquele amigo que quando tudo tá mal na vida dele, te procura dizendo que te ama, para quando tudo se ajeitar, sumir novamente? Todos nós conhecemos pessoas assim. Por isso que se não tenho o mínimo de ligação com alguém, nem cumprimento, sou a antipática, mas pelo menos sou sempre a antipática/mal educada... rs. As pessoas sabem o que esperar de mim.

Sinto uma certa angústia com quem elogia demais. Elogio bom é aquele na medida do bom senso. Pode ver que quem te cobre de elogios, geralmente é aquela pessoa que um dia tá muito bem e noutro no fundo do poço, a própria vida dela é uma montanha russa e isso transborda para seu jeito de lidar com o mundo.

Por tudo isso prefiro ser aquela que não elogia tanto, mas tenta reconhecer quando a pessoa acerta. Sou aquela que não diz amar a todo momento e para qualquer um, porque gostar é algo que nasce da convivência, é melhor demonstrar com atitude, dando atenção. Não sou uma pessoa de máximos, mas de menos constante. Sou perfeita? Claro que não, erro muito, nem sempre dou atenção quando devo dar e vice-versa. Mas tento acertar sempre, se não consigo é porque ainda não cheguei no ponto, mas estou buscando todos os dias.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Pais, velhice e confirmação de comentários.


Vou abordar três assuntos diferentes, porque acho que um deles sozinho não rende um post.

Quem é meu pai?

Essa é uma série que passou no fantástico e que tenho que confessar que me deu uma agonia extrema quando assisti. Ela mostrava basicamente filhos em busca de pais, através de ações na justiça. A vontade que tinha era de entrar dentro do programa e dar uns tapas nos filhos abandonados procurando por pais safados. Teve umas situações bizarras em que o pai nutre uma verdadeira indiferença pelo filho(a) e a criatura tá ali entrando com ação de Investigação de Paternidade, esmolando um nome na certidão de nascimento, como se isso fosse fazer uma grande diferença na vida dela. E olha que não estão em busca de retorno financeiro, só de reconhecimento. Mas buscam atenção de alguém que nunca se importou com eles.

Sinceramente, tenho absoluta certeza que se fosse adotada, ou se um de meus pais me virasse as costas dessa maneira, me abandonando, seguiria em frente na boa e nem olharia pra trás. Tendo meus pais verdadeiros e por eles não aceitarem muito meu jeito de ser, eu meio que me afastei deles. Imagina se eu ia correr atrás de quem não me quis por perto?! Normalmente nunca digo nunca, mas dessa vez acho que vou dizer que tenho uma convicção íntima que nunca faria isso, de sair atrás de alguém que não deu a mínima para mim. Se foi, já foi tarde!


Não se sentir velho

Dia desses vendo o programa "De frente com Gabi", ela perguntava para o cantor Frejat, o motivo deles não sentirem a idade que tinham, ou seja, se sentirem jovens mesmo já tendo idade para se sentirem mais velhos. E a Gabi disse que achava que era porque eles tinham o olhar atento voltado para o presente, para o que está acontecendo agora. Achei fantástica essa sacada. Porque acho que isso pode ter muito a ver. Eu não sinto a idade que tenho, me acho mais jovem por dentro e tenho um traço de personalidade que me faz está muito voltada para o presente e futuro, muito pouco para o passado. Fico pensando se o saudosismo em excesso não traz essa sensação de ter vivido muito, ou de se sentir mais velho. Sei lá. Acho que para mim bate. E para você? Acha que tem fundamento?


Letras de confirmação de comentários



Sinceramente, o que era abominável, conseguiram piorar. E eu vou continuar pedindo a todos que puderem, para que tirem essas letrinhas da sua área de comentário. É uma questão de gentileza com quem te visita e comenta. Use a moderação de comentários para eliminar o spam e faça um visitante de seu blog mais feliz.

Se você não desabilitou manualmente essas letras, elas estão na sua seção de comentários, só que elas não aparecem para você, dono do blog, só para quem vai comentar. Então aqui vai o passo a passo para tirá-las, caso concorde comigo:

Entre na área "Configurações" do Blogger, depois clique em "Comentários", depois role a tela a lá em baixo tem "Exibir uma confirmação de palavras para os comentários", marque NÃO e salve.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Mulher tem que matar um leão por dia!


Faz tempo que não faço um texto ácido. Esse assunto, é um tanto polêmico, sei que vai dividir opiniões, mas é que sendo uma mulher brasileira, não posso deixar de constatar o quanto não somos valorizadas no Brasil. Veja bem que usei o termo "não valorizada", que é diferente de desvalorizada. Existe uma sutil diferença entre as duas situações, mas não menos dolorosa. Desvalorizar é o ato de tirar o valor de alguém, então se supõe que a pessoa tinha um valor antes. Não valorizar, é nem dar o valor inicial necessário. E acho que aí é que estão incluídas as mulheres brasileiras.

Mulher já começa a vida amorosa tendo como peso a frase: - Tá faltando homem no mercado, então se você arranjou um traste qualquer um homem, segure e não solte em hipótese nenhuma, porque ruim com ele pior sem ele. - Sinceramente me deprime muito ver essa frase rodando como se fosse uma verdade absoluta, como se homem fosse um artigo raro e necessário. Concordo com o necessário, até um certo ponto, até o ponto em que você começa a perder sua dignidade. E acho que as mulheres estão jogando sua dignidade dentro do vaso sanitário e dando descarga, só para ter qualquer homem e chamar de seu. Quando digo mulheres, entendam as brasileiras, porque é no Brasil que vivo.

Homens e mulheres tem acesso a internet, acredito que na mesma proporção. Mas percebam que uma mulher para ter um site, ou uma coluna, ou um blog, ou um perfil comentado/acessado, que chame a atenção das pessoas, tem que matar dois leões por dia. Porque homem não anda dando moleza para mulher, exceto se o assunto for sexo, aí como sempre eles facilitam tudo. E mulher quase nunca enche a bola de outra mulher, essa é a triste realidade no Brasil.

Experimente entrar no perfil/blog/site de um homem jovem, que se diz hétero e solteiro, normalmente chove mulheres praticamente tirando a calcinha (conheço alguns blogs masculinos que são exceções). Impressionante como mulher bajula homem e como o vice-versa definitivamente não acontece, e mais uma vez digo que a exceção fica para o quesito sexo, se o assunto for esse aí o homem não poupa esforços. Canso de ver homens começando blogs timidamente, colocando suas opiniões. O que escreve bem, nem precisa ser textos maravihosos, imeditatamente arranja seguidoras que concordam com tudo que ele diz, que acha bonitinho tudo que ele pensa e acha original qualquer opinião do sujeito. Nooossa!! Se tem uma coisa que me broxa em blog masculino é assistir esse tipo de coisa acontecer. Às vezes tá lá toda derretida e concordando com tudo que o cara diz, a mesma mulher que comenta o meu texto com rigor. Então que diabeísso?! O que vale é a idéia ou quem está dizendo?
!

Aí vão dizer que a Dama de Cinzas é uma recalcada invejosa que tá secando os blogs masculinos! Não é bem assim, que os blogs masculinos continuem agradando, e as mulheres que quiserem, continuem tirando a calcinha. Os blogs são só um dos canais que vejo isso acontecer. Percebo esse mesmo comportamento no meu trabalho, no meu círculo de amizade e no meu cotidiano. Uma mulher fala uma coisa genial, todos com ar blazé. Homem fala qualquer coisa legal, todos com olhares atentos. E podem discordar de mim à vontade, eu quero mesmo saber se eu que estou maluca, se estou frequentando e convivendo com pessoas que só pensam assim, ou se a coisa tá feia para as mulheres mesmo.

O mais chato disso é que essa não valorização da mulher é algo que fica impregnado no inconsciente coletivo e vai transbordando para todas as áreas, profissional, social. Em todas as situações em que a mulher precisa mostrar o que pensa e o que é capaz de fazer, se tiver um homem que faça ou diga a mesma coisa, ele vai se sobressair. Porque a culpa disso está na cultura brasileira, em que as mulheres parecem ensinadas pelas próprias mães a ceder, relevar, a dar a vez e valorizar o homem. As mulheres brasileiras são aduladoras de homem em sua grande maioria e a minoria que não concorda, se ferra junto. E se a coisa se perpetua é porque as mulheres que se tornam mães, continuam repassando essas idéias antigas para suas filhas e mimando seus filhos como se ainda vivêssemos em 1950.